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Realizada oitiva da Comissão do Desabamento do Cemitério da Paz

por Marcela Knupp - Coordenadora de Comunicação CMD — publicado 18/08/2021 16h55, última modificação 18/08/2021 17h14
Comissão Especial foi instaurada após as famílias alegarem que a empresa responsável não tem cumprido acordo firmado na retirada dos escombros.

Foi realizada nesta quarta-feira (18 de agosto de 2021), no auditório da Escola do Legislativo da Câmara Municipal de Divinópolis, a primeira oitiva da Comissão Especial nº 11/2021, que faz a averiguação da situação do desabamento do Cemitério da Paz.

Essa Comissão Especial foi instaurada após a afirmação por parte das famílias, de que a Construtora Serra Dourada não tem cumprido com as obrigações estabelecidas no processo. Fazem parte da Comissão os vereadores Roger Viegas (Republicanos), Ademir Silva (MDB) e Hilton de Aguiar (MDB).

Nessa primeira oitiva, a Comissão ouviu o advogado da Associação Resgate, Diego Ribeiro, que cuida dos interesses das famílias atingidas. De acordo com Diego, os funcionários da empresa estão trabalhando no local, retirando os escombros. No entanto, foi acordado no início do ano que seria contratado um arqueólogo para que o trabalho de reconhecimento dos ossos fosse feito da forma correta.

Durante a oitiva, o advogado relatou que o profissional da arqueologia não foi contratado pela empresa Serra Dourada, e que foram informados sobre isso no final do mês de julho. Após questionarem sobre o cumprimento do acordo, segundo Diego, a empresa teria se negado a fazer a contratação, alegando não ser necessário.

Sendo assim, as famílias se uniram mais uma vez e buscaram ajuda na Câmara Municipal de Divinópolis, para que as partes pudessem ser ouvidas e uma solução apresentada.

O que as famílias esperam é um sepultamento digno dos restos mortais dos seus entes. Essa situação tem gerado uma angústia muito grande nos familiares, que tinham a esperança de aplicar uma técnica mais cautelosa para que respeitasse a maneira mais segura de fazer o resgate e garantir a realização da identificação dos restos mortais. Infelizmente com as obras já avançadas, não sabemos se ainda será possível realizar essa identificação, porém, precisamos tentar. Sendo assim, a presidente da Associação buscou a Comissão para que pudesse ter maior apoio nessa cobrança, para saber se a maneira que tem sido realizado o resgate é a correta”, declarou Diego Ribeiro.

Durante a oitiva, o vereador Roger Viegas destacou que na última legislatura foi instaurada uma CPI para investigar o caso, que resultou em uma solução satisfatória para as famílias envolvidas. No entanto, com esse novo fato, a Comissão deverá retornar os trabalhos para ajudar as famílias.

Nós instauramos essa Comissão Especial para averiguar esse novo fato apresentado e vamos buscar uma forma de resolver esse impasse junto a empresa. Já fizemos essa intervenção no passado e deu certo. Por isso, já ouvimos as famílias e agora vamos atrás da empresa para saber o posicionamento da mesma em relação ao não cumprimento do acordo”, destacou.

O vereador Ademir Silva comentou que após ouvir a Associação, vai aguardar a oitiva da empresa para analisar o melhor posicionamento visando dar segurança para as famílias.

Foi muito importante ouvir as famílias nesta tarde e agora vou aguardar a próxima semana para saber o que a empresa tem a dizer sobre isso tudo. Queremos é resolver essa questão de uma vez por todas”, finalizou.

Os membros da Comissão devem marcar uma visita nas obras para averiguar de perto toda a situação relatada, e, posteriormente, marcar a próxima oitiva com a empresa.

De acordo com o advogado, cerca de 150 pessoas devem ser identificadas em meio aos escombros do desabamento do Cemitério da Paz.


Confiram as fotos da reunião.